mórbido ou triste?

Eis que me chega um tiozinho para ser atendido. Papo vai, papo vem e ficamons conversando. Uma bela hora ele me pergunta: Qual seu nome? Eu respondi Fernando e ele diz que era o nome do filho dele. Eu com minha boca grande habitual digo: rapaz de sorte com esse nome. Ele me fala que o filho está morto. DESDE 1994!!! Fico imaginando a solidão do tiozinho de abordar um vendedor aqui no centro e contar sua triste história de vida. Ainda me contou que tinha perdido mais uma filha nesse meio tempo. Me mostrou os santinhos dos dois pobres desafortunados filhos. Que trash.

sinceridade

menino: me dá um real pra fumar uma pedra aí

YAKI-SOPA

Estou eu andando pelo centro e como não é novidade para ninguém fui abordado por uma moradora de rua. Com uma chuquinha em cima da cabeça, estilo Pedrita, e uma cara de doida ficava gritando na minha orelha: me dá um real que eu quero comer um YAKI-SOPA, eu quero um YAKI-SOPA, eu quero um YAKI-SOPA (assim mesmo como está escrito)... Foi aí então que eu pensei no acesso/vontade que o consumismo nos traz. Mendigo com vontade gastronômica internacional. A loucura consumista que bate as portas de quem não tem casa e assola o estômago até de quem mora embaixo da ponte.

objetivo

esse é um blog com objetivo de contar peculiaridades e trasheiras do dia-a-dia de quem trabalha no centro da cidade de São Paulo. Boa lida a todos.